sábado, 17 de março de 2012

Você considera-se inteligente no mundo CIBER?


No mundo da “Cibercultura” a inteligência é algo coletivo e a escola terá que derrubar seus muros reais para acessar os virtuais se quiser ter eficiência em saberes que se multiplicam em rede.

A matéria em destaque desta semana trata da “Virtualização dos Saberes” da revista Filosofia (Página 17) – Ano VI – Número 68: http://filosofiacienciaevida.uol.com.br/ESFI/Edicoes/68/artigo252719-1.asp

Pierre Lévy que estuda a base ontológica da Internet faz uma interessante análise do virtual em relação à potência (Aristóteles): “Na acepção filosófica, é virtual aquilo que existe apenas em potências e não em ato, o campo de forças e de problemas tende a resolver-se em uma atualização. O virtual encontra-se antes da concretização efetiva ou formal (a árvore está virtualmente presente no grão). [...] É virtual toda entidade “desterritorializada”, capaz de gerar diversas manifestações concretas em diferentes momentos e locais determinados, sem contudo estar ela presa a um lugar ou tempo em particular”. (LÉVY. Cibercultura p.47)

Filosofando para o ambiente escolar,  percebi que a escola é um local formal com endereço certo e que eu também tenho endereço certo.  Nós utilizamos ou tentamos, no caso da escola, uma ferramenta de construção que nada mais tem de virtual, pois é bem concreta.

Dizer que a internet é virtual não cabe mais ao mundo da comunicação mediada em nossos dias. Ela é um recurso mais avançado que o telefone ou a TV, mas continua sendo um recurso bem concreto.

Quando postamos na internet utilizamos uma máquina que envia dados à outra máquina, que por sua vez os armazena. Pessoas do mundo inteiro acessam estes dados que são bem reais e  lidos com conversores. Processo bem diferente da semente que contém uma árvore virtual.

Um livro também pode conter um exercício que prevê um projeto, assim o projeto  ainda é virtual (programado e imaginado). Esse deve ser o pensar filosófico do educador e da escola em relação ao mundo que foi denominado de “Virtual”.

Hoje ele é real e faz parte da vida. Fica clara a necessidade dos ambientes escolares possuírem este recurso e utilizá-lo com função didática. Caso contrário seria o mesmo que preferir rodar conteúdos em um mimeógrafo ao invés de xerocopiá-los.

 Estes processos já ultrapassados foram substituídos por livros consumíveis e o processo de novos recursos sempre foi e será constante no mundo e consequentemente na escola.

Por outro lado, a humanidade sempre teve em sua semente o futuro e a virtualidade de seus pensamentos em relação ao amanhã. Essa vertente coloca a tecnologia como propulsora de um processo que sempre existiu: a troca de informações e os ambientes colaborativos.

Agora, por este olhar, consigo enxergar a potencia e a humanidade em constante transição ao longo da História. 


O que antes era realizado nas universidades, nos centros de pesquisa, nos cafés filosóficos e inúmeros lugares limitados, hoje acontecem na rede (internet) e com uma velocidade de publicação que era potencia em algumas décadas do passado.

Os vídeos-game também nos levavam ao mundo da potencia e eu utilizava o recurso na década de 80 do século passado. Minhas brincadeiras eram virtuais porque acessava um mundo que só existia em minha imaginação.

Então a virtualidade da rede está apenas na capacidade de imaginação de nossas mentes, todo o resto, é concreto, real e realizado por máquinas, que por sua vez são comandadas inicialmente por homens.

A escola não conseguirá manter sua filosofia unilateral, ou transforma-se também em um ambiente colaborativo, ou perderá sua função de ajudar na preparação do indivíduo para suas ações no mundo.

O Educador não conseguirá dizer que  optou por não usar tecnologia. Ele poderá não gostar, mas terá que aceitar sua necessidade ao mundo do educando, e a escola é feita para ele.

Portanto, a falta de tecnologia aplicada à educação em uma instituição de ensino passou de opção para defasagem.

Minha pergunta final: Você considera-se inteligente sem utilizar o mundo CIBER?


Caros Professores,

A blogofina "ON - Novas tecnologias" pretende ser uma fonte de conhecimento e de potencia para nosso dia a dia em sala de aula.




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