sábado, 16 de maio de 2015

O século XXI e a sistematização de habilidades



Os cinco países melhores colocados no PISA 2012 estão no continente asiático (China, Cingapura, Hong Kong, Coréia do Sul e Japão). Recentemente um sindicato de escolas particulares realizou uma viagem de grupo para algumas destas localidades, e certamente conheceram sistematizações como o método gráfico de Cingapura para o tratamento da Matemática.
As taxas de crescimento do PIB em 2013 nestes países foram de: China 7,7%, Cingapura 3,9%, Hong Kong 2,9%, Coréia do Sul 3,0% e Japão 1,6%. Com exceção de Hong Kong que praticamente empata com a Coréia do sul todos os dados de crescimento parecem acompanhar os indicadores de qualidade educacional do PISA.
O Brasil foi o 57º colocado no PISA em 2012 e a taxa de crescimento do PIB em 2013 foi de 2,5%, e se houvesse ligação do crescimento do PIB seriamos o 5º colocado no indicador de qualidade educacional.
Se analisarmos a renda per capita de cada país (China US$ 7428,00, Cingapura US$ 54040,00, Hong Kong US$ 38420,00, Coréia do Sul US$ 9800,00, Japão US$ 46140,00 e Brasil US$ 8536,00) percebemos que Cingapura apresenta a melhor estabilidade entre renda, desenvolvimento e qualidade educacional no cenário descrito.
No século XXI o mundo econômico é global e a educação para o futuro exige hoje cuidados com tratamentos de habilidades e competências (Conteúdos Procedimentais), com a interiorização de valores para base em decisões (Conteúdo Atitudinais) e com o estudo dos produtos de nossa cultura científica (Conteúdos conceituais). As sistematizações focadas apenas em conteúdos conceituais ficaram, já em tempo, no século passado.
Apresento três habilidades (Prova Brasil e Saresp) associadas à informação sobre os indicadores que lemos acima:
D21 – Reconhecer as diferentes representações de um número racional.
D37 – Associar informações apresentadas em listas e/ou tabelas simples aos gráficos que as representam e vice-versa.
H45 - Resolver problemas que envolvam ideias básicas de probabilidade. (GIII).
Fontes: Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), 2014; Jornal O Estado de São Paulo (Caderno de economia),  2014;
Por fim, o conteúdo atitudinal tratará da relevância de encaminhamento deste assunto para o bem comum, de maneira ética em relação ao rol de opiniões. Pois se temos condições de renda parecidas com China e Coréia do Sul, porque nossa qualidade educacional apresenta estes indicies neste indicador?
Caso este assunto fosse tema de uma aula, como seria a sistematização para comtemplarmos o saber (conceitual), o fazer (procedimental) e o ser (atitudinal)? 
O Professor do século XXI tem a missão de planejar aulas que englobem os três tipos de conteúdo e isso exigirá estudo dos mapas de habilidades, e sistematizações que realmente contemplem cada etapa de desenvolvimento em sala de aula: provavelmente chegaremos a propostas de cursos com mais oportunidades de fazer e ser, além de também conhecer.

Leandro Wendel Martins

Pedagogo e coach educacional.

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